Câmara de Famalicão quer assinalar Casa-Museu de Camilo Castelo Branco na auto-estrada

24-11-2010 00:06

Os ministérios da Cultura e das Obras Públicas vão negociar um regulamento para a sinalização nas estradas dos equipamentos culturais e do património classificado que acabe com as actuais dificuldades burocráticas para a colocação de painéis informativos. O secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle adiantou à agência Lusa que as direcções regionais de Cultura estão a fazer o elenco dos equipamentos que deveriam estar sinalizados nas estradas e nas auto-estradas, para que seja apresentado numa reunião que vai ter, no início do 2011, com o secretário de Estado das Obras Públicas.
O governante respondia, assim, ao problema levantado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão que pretende, há vários anos e sem êxito, colocar uma placa informativa na berma da auto-estrada A7, que passa junto à Casa-Museu de Camilo Castelo Branco, em S. Miguel de Seide. Elísio Summavielle concorda com o vice-presidente da autarquia, Paulo Cunha, e diz, a título de exemplo, que o problema se coloca, também com a realização, em Guimarães, em 2012, da Capital Europeia da Cultura.
“As questões da sinalética dos equipamentos culturais e do património classificado nas nossas estradas arrastam-se há dezenas de anos, muitas vezes porque nunca foram tratadas em bloco mas apenas pontualmente”, referiu, reconhecendo que “como os circuitos administrativos são complicados os assuntos acabam por não se resolver”.
Para o secretário de Estado, "a sinalética cultural é uma questão muito simples mas também muito importante para informação de quem circula e do público que quer visitar os equipamentos e não tem a devida sinalização”.
Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, disse que o pedido de colocação de uma placa informativa sobre a Casa de Camilo "se arrasta há muitos anos", mas sublinhou que "tal não é da responsabilidade do Governo, é sim dos concessionários”.
“É um processo excessivamente burocratizado”, lamentou, reconhecendo que a questão da sinalética é complexa porque não se pode sinalizar todas as referências ao longo de um percurso, mas acentuando que "Camilo, a sua obra literária e o referencial que é justificava que a concessionária tivesse abertura e aceitasse a colocação de uma placa".
O autarca do PSD frisou que a Câmara quer, apenas, colocar uma placa identificativa na A7 que refira: "Estamos numa terra camiliana, a poucos metros, já que as pessoas que aqui circulam, muitas delas, não sabem que passam em Seide S. Miguel, a localidade onde Camilo viveu os últimos anos da vida".

 

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