Câmara Municipal dinamiza Hortas Biológicas Comunitárias

12-10-2010 12:42

Desde Maio deste ano, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso tem vindo a dinamizar o projecto das Hortas Biológicas Comunitárias, que existem em terrenos da Autarquia no exterior do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos. Amélia Carvalho, de 64 anos, e Céu Rodrigues, de 40 anos, fazem parte do grupo de uma dezena de pessoas que colabora no cultivo, no âmbito de um Programa de Serviço Comunitário. Os produtos frescos recolhidos integram os cabazes distribuídos pela Loja Social.
 
Responsabilização social.
 
É a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso que, através do Banco de Voluntariado, assegura o transporte para as Hortas das pessoas abrangidas por este Programa e que são todas beneficiárias do Rendimento Social de Inserção. Os participantes estão distribuídos por grupos, que asseguram o trabalho de segunda a sexta-feira. No terreno de cultivo, cada participante despende entre três e meia a quatro horas, por semana, numa oportunidade que permite retribuir o subsídio estatal e que reforça a sua responsabilidade social. Sob orientação de Técnicos no local, estes agricultores aplicam as técnicas do modo de produção biológica em tarefas que envolve controlo de ervas, tratamentos, sementeiras, colheitas, de entre outras.
 
 “O projecto das Hortas Sociais tem-se revelado muito importante, não apenas como forma de responsabilizar e ocupar com serviços socialmente úteis os beneficiários de apoios sociais, mas, sobretudo, porque permite uma oferta alargada e de qualidade de produtos frescos”, refere a Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira.
 
Segundo a edil, pretende-se descentralizar este projecto, como forma de reforçar o apoio social: “O sucesso alcançado remete-nos para a possibilidade de criarmos uma rede de Hortas Sociais no Concelho, ao nível das freguesias. Desta forma, alargaremos o número de beneficiários envolvidos e aumentaremos a capacidade de produção, podendo ajudar um leque mais alargado de famílias carenciadas. É muito importante que as pessoas sintam que o regresso à agricultura pode ser uma saída para minorar os seus problemas económicos e sociais”. 
 
Hortas Biológicas Comunitárias.
 
Integrando este Programa, alguns dos participantes revivem experiências antigas e o que faziam na agricultura tradicional; outros, adquirem novos conhecimentos. Trabalhar nestas Hortas possibilita que pessoas como Amélia e Céu se sintam mais úteis e combatam, por exemplo, a solidão.
 
“Para mim é uma distracção, porque eu preciso de conviver, pois moro sozinha”, confessa Amélia Carvalho, residente em Lanhoso. Esta experiência dá-lhe oportunidade de ocupar, de outra forma o tempo, depois de um período de adaptação. “Quando comecei aqui, era um bicho de sete cabeças, porque não estava habituada a isto, mas aprendi depois muitas coisas, apesar de sempre ter trabalhado na lavoura”, refere, enquanto apanha vagens para semente.
 
Ao lado, Maria do Céu Rodrigues, que mora na Vila da Póvoa de Lanhoso, dá sinais de concordar. “Desde pequena, sempre trabalhei no campo. Faz-me bem andar por aqui. Sinto-me útil e bem por fazer um trabalho que vai servir para ajudar muita gente que precisa e, ao mesmo tempo, vou aprendendo muitas coisas”, salienta.

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