Equipamento pode prestar apoio a algumas dezenas de idosos:Coligação quer Casa do Areal ao serviço da população

Os Vereadores da Coligação "Juntos Por Braga" vão submeter à próxima reunião do Executivo Municipal uma proposta com que pretendem "ultrapassar o impasse" em que se arrasta o processo da Casa do Areal de há vários anos a esta parte.

Recorde-se que este edifício, localizado na Freguesia de S. Victor, foi adquirido e recuperado pela Câmara Municipal de Braga há mais de uma década, visando a criação de um equipamento social de apoio à 3ª Idade, mas continua sem entrar em funcionamento por via de sucessivos entraves e erros de natureza administrativa e formal, resultantes da forma "equívoca" como a Autarquia conduziu o processo.

Por acréscimo, depois de um investimento de mais de 1 milhão e duzentos e cinquenta mil Euros a cargo dos cofres municipais, a abertura de uma valência que pode dar uma importante resposta às lacunas ainda existentes neste domínio no Concelho, encontra-se presa pela necessidade de realizar um investimento de cerca de 100 mil Euros em mobiliário e equipamentos.

A preocupação com a forma como este processo tem evoluído levou mesmo os Vereadores da Coligação a realizar uma visita à Casa do Areal após a última reunião do Executivo Municipal, na qual foram acompanhados pelo Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara e Presidente da Associação Casa do Areal, Alfredo Cardoso.

Nesta visita houve oportunidade de ficar a conhecer os projectos, dificuldades e perspectivas daquela Associação de Solidariedade Social, reconhecida como IPSS em 2007, e de confirmar o desconforto causado pelo arrastar da presente situação.com o facto do projecto de reconversão do edifico não ter contemplado a recuperação da capela, que ao que rezam as lendas terá sido o local onde nasceu S. Victor, referindo ainda que o local já terá estado à venda, considerando que este negócio a concretizar-se seria "uma perda irreparável para o património histórico da cidade".ou a Autarquia cede a gestão do espaço a uma IPSS, seja a Associação Casa do Areal ou outra já em actividade, que tenha capacidade para adquirir os equipamentos em falta, e assegurar a imediata entrada em funcionamento desta valência social; ou a Câmara revê as condições de cedência feita à Associação Casa do Areal, assume ela própria o investimento remanescente e celebra com essa Associação um Contrato Programa em que, por contrapartida daquela verba", defende.

Projecto surgiu de proposta do Presidente da Junta de Freguesia de S. Victor

Já no decurso da última campanha eleitoral, os Vereadores Ricardo Rio, Filomena Bordalo e Serafim Rebelo e o Deputado Municipal Miguel Macedo tinham aproveitado uma deslocação a S. Victor para abordar a problemática da Casa do Areal, na companhia do Presidente desta Junta de Freguesia, Firmino Marques.

Na ocasião, Firmino Marques deu nota de como a Autarquia se "apropriara" da sua sugestão de recuperação daquele espaço e de criação de uma valência de apoio à população idosa da Freguesia, momento a partir do qual lhe foi vedado o acesso a toda a informação formal sobre o desenvolvimento do processo.

Além da componente social, o Autarca da Coligação expressou também a sua preocupação

Ricardo Rio quer equipamento em funcionamento "já no início de 2011"

De acordo com o líder da Coligação "Juntos por Braga" este processo atingiu um patamar "insustentável" que exige o empenho na concretização de uma solução "célere" que viabilize a "disponibilização imediata do equipamento ao serviço da população".

"Em função dos dados que recolhemos, este é o momento para a Câmara tomar uma decisão:

Nesta última hipótese, a proposta subscrita pelos Vereadores da Coligação defende que o investimento adicional da Autarquia deve ser feito em contrapartida da "garantia de prioridade de acolhimento a funcionários municipais aposentados que respeitem os outros requisitos de admissão, nomeadamente os de condições físicas e de apoio familiar" no quadro da entrada em funcionamento da Casa do Areal.

"Numa altura em que se contam os cêntimos, é inacreditável que se desperdice durante tanto tempo os vários milhares de Euros que a Câmara investiu e bem, na recuperação deste edifício", sustenta o líder da Coligação "Juntos por Braga"

A proposta, cuja versão integral segue em anexo, será submetida à apreciação formal do Executivo no próximo dia 4 de Novembro.