Jerónimo de Sousa esteve no distrito de Braga

20-12-2010 16:40

No passado sábado, o Secretário geral do PCP esteve no distrito de Braga em acções integradas na campanha para as Eleições Presidenciais.
 

A jornada começou na lota de Esposende, onde Secretário-Geral do PCP se inteirou da exigência de construção de uma barra naquela localidade, infraestrutura essencial quer para a actividade piscatória, quer para a actividade turística.

Numa viagem até ao local onde o Rio Cávado desagua no mar, acompanhado por diversas embarcações, a delegação do PCP pode constatar as soluções que os pescadores têm para aquele problema.

Na verdade, as cerca de setenta embarcações que ali continuam a insistir na actividade piscatória sofrem graves prejuízos em consequência do assoreamento da barra e das limitações impostas em casos de ligeira ondulação.

Os pescadores tiveram mesmo oportunidade para chamar a atenção para o facto de, nos próximos dias não poderem sair ao mar, ficando, novamente sem trabalhar, pelo menos durante uma semana.

Jerónimo de Sousa sublinhou a intensa actividade do PCP em defesa da construção da barra de Esposende, no plano local e no plano nacional, lembrando as perguntas que ainda nos últimos meses o PCP fez ao Governo, e assumindo o compromisso de manter esta exigência junto do Governo.

No tradicional convívio de fim-de-ano da Organização Regional de Braga, este ano com maior participação e combatividade, Joaquim Daniel, mandatário regional da candidatura de Francisco Lopes, assumiu a defesa da candidatura designadamente lembrando “os compromissos e as responsabilidades do candidato Cavaco da Silva na destruição do aparelho produtivo, nas privatizações, na política de direita, na qual teve as  mais elevadas responsabilidades durante 17 anos; os compromissos e as responsabilidades do candidato Manuel Alegre, com as políticas nefastas para os jovens, para os trabalhadores, para o povo e para o país, desenvolvidas ao longo das últimas 3 décadas, candidato, comprometido com as políticas desenvolvidas pelos governos do PS, que sempre que chega ao governo consegue desenvolver políticas iguais ou mesmo piores que as dos governos de direita.”  Sublinhou ainda o percurso de “Fernando Nobre, comprometido com um passado de apoio de candidatos da direita, como foi com o Durão Barroso, um homem que defende um estado de caridades, e a privatização de áreas fundamentais como a saúde, em que quem tem dinheiro tem direito à saúde, e quem não tem teria a caridade, mas não o acesso democrático à saúde. Nobre veio ao distrito e manifestou-se muito espantado com a dimensão das dificuldades no Vale do Ave. Ou tem andado distraído ou então são preocupações de época de campanha eleitoral.”

Na sua intervenção, o Secretário-Geral do Partido, saudou os presentes na iniciativa que, “ano após ano vem congregando mais gente, e que este ano conta com a participação de dirigentes do Partido Ecologista “os Verdes” e de diversos dirigentes sindicais independentes, que quiseram estar connosco neste momento, numa atitude de apoio à candidatura de Francisco Lopes”.

Jerónimo de Sousa sublinhou a gravidade da situação económica e social provocada pela insistência do Governo nas políticas de direita apoiadas pelo PSD e pelo Presidente da República. Política que está na raiz do aumento das dificuldades dos trabalhadores e do povo, do aumento do desemprego e da pobreza.

Referindo-se às declarações do Primeiro-Ministro sobre a pobreza, Jerónimo de Sousa afirmou que “elas assentam bem a Cavaco, pelas responsabilidades que teve durante 17 anos no nosso país, mas Sócrates deve também assumir as suas próprias responsabilidades.” Agora, afirmou, “andam todos preocupados em combater a pobreza. Tudo empenhado em acções de solidariedade. É preciso lembrar que, nos últimos 2000 anos houve sempre caridade, sem que se tenha resolvido o problema da pobreza. A questão central é ir às suas causas, às injusta distribuição da riqueza, é dar-lhes um decidido combate”.

O Secretário-Geral do PCP denunciou ainda que os sacrifícios que agora estão a pedir aos trabalhadores e ao povo não terão qualquer efeito no futuro. “Pedem-nos sacrifícios em 2010 e 2011 para termos dias melhores em 2012? Não. Sabemos que estas medidas – cortes nos salários, nos apoios sociais, aumento de preços de bens e serviços, aumento de impostos – não só trarão dificuldades às pessoas, como também vão trazer maiores dificuldades ao país.”

Perante uma plateia muito animada, Jerónimo de Sousa defendeu que, neste quadro, a candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, com a sua mensagem de ruptura e de mudança,  assume particular importância. Lembrando que, há cinco anos, naquela mesma sala estava exposto um cartaz que fazia o apelo à participação no Comício do Pavilhão Atlântico, com o lema “Vamos encher o Pavilhão”, terminou afirmando que “tal como há cinco anos enchemos o Pavilhão Atlântico, também agora vamos encher o Palácio de Cristal, no dia 9 de Janeiro”.

Francisco Lopes, candidato apoiado pelo PCP, pelo PEV e pela Associação Intervenção Democrática, estará de Braga no dia 4 de Janeiro, dia em que realizará um comício em Famalicão e encerra a campanha eleitoral, a 21 de Janeiro, com um comício em Guimarães.

O Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa regressa ao distrito de Braga a 13 de Janeiro, para um programa que culmina com um Jantar em Fafe.

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