Moradores do "Coutinho" contra transferência de 928 mil euros para VianaPolis, "que nada tem para fazer"

05-11-2010 19:27

 

Os moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, criticaram hoje a inscrição no próximo Orçamento do Estado de 928 mil euros para a VianaPolis, alegando que esta é uma sociedade “que nada tem para fazer”.

“O bom senso ditaria que não se transferisse perto de um milhão de euros para uma sociedade de capitais públicos que nada tem para fazer, excepto servir de poleiro e de comedouro para alguns”, referem, em comunicado, os moradores.

Acrescentam que aquela verba “ajudava muitas IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e dava de comer a muitos pobres.

O prédio Coutinho é um edifício de 13 andares cuja demolição está prevista no Programa Polis de Viana do Castelo, por questões estéticas, mas o processo está suspenso, à espera das decisões dos tribunais, depois de os moradores terem movido várias acções para tentar assegurar a manutenção das suas habitações.

O programa deveria ter sido dado por concluído em 2004, data em que também seria extinta a sociedade que o gere, a VianaPolis.

No entanto, a sociedade mantém-se em gestão corrente, à espera das decisões dos tribunais sobre o “caso Coutinho”.

“A VianaPolis continua de porta aberta mas sem nada para fazer, excepto, alimentar uma máquina de despesismo e dependência do Estado”, criticam os moradores daquele polémico edifício.

Dizem ainda que ao longo destes anos aquela sociedade tem contribuído para a “desorçamentação” do Estado e para pagar “principescamente a administradores, diretores e sociedades de advogados de Lisboa”.

Segundo os moradores, só em despesas de funcionamento a VianaPolis custa ao Estado mais de 120 mil euros por ano.

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