“O bom senso ditaria que não se transferisse perto de um milhão de euros para uma sociedade de capitais públicos que nada tem para fazer, excepto servir de poleiro e de comedouro para alguns”, referem, em comunicado, os moradores.
Acrescentam que aquela verba “ajudava muitas IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e dava de comer a muitos pobres.
O prédio Coutinho é um edifício de 13 andares cuja demolição está prevista no Programa Polis de Viana do Castelo, por questões estéticas, mas o processo está suspenso, à espera das decisões dos tribunais, depois de os moradores terem movido várias acções para tentar assegurar a manutenção das suas habitações.
O programa deveria ter sido dado por concluído em 2004, data em que também seria extinta a sociedade que o gere, a VianaPolis.
No entanto, a sociedade mantém-se em gestão corrente, à espera das decisões dos tribunais sobre o “caso Coutinho”.
“A VianaPolis continua de porta aberta mas sem nada para fazer, excepto, alimentar uma máquina de despesismo e dependência do Estado”, criticam os moradores daquele polémico edifício.
Dizem ainda que ao longo destes anos aquela sociedade tem contribuído para a “desorçamentação” do Estado e para pagar “principescamente a administradores, diretores e sociedades de advogados de Lisboa”.
Segundo os moradores, só em despesas de funcionamento a VianaPolis custa ao Estado mais de 120 mil euros por ano.